
Greve na Argentina afeta voos: Cancelamentos, prejuízos e orientações para passageiros
A Argentina vive um momento crítico em abril de 2025. Com a convocação oficial de uma greve geral para o dia **9 de maio**, liderada pelas principais centrais sindicais do país, o setor aéreo já começou a sentir os primeiros reflexos. O anúncio de paralisação nacional impacta diretamente o turismo, a logística e a mobilidade, afetando especialmente voos operados por companhias argentinas e conexões com o Brasil.
**A origem da greve**
A mobilização é uma resposta direta às medidas econômicas impopulares do governo de **Javier Milei**, que incluem cortes profundos nos gastos públicos, congelamento de salários e reformas trabalhistas. Trabalhadores de diversas áreas — transporte, saúde, educação e aviação — prometeram adesão total ao protesto.
**Aerolíneas Argentinas: epicentro da crise**
A estatal **Aerolíneas Argentinas** cancelou mais de **297 voos** apenas para o dia 9, prejudicando aproximadamente **20 mil passageiros**. Esses cancelamentos envolvem rotas domésticas e internacionais, inclusive para **São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre**. A empresa afirmou que a paralisação de seus funcionários impossibilita qualquer operação naquele dia.
**Outras companhias em alerta**
LATAM, Sky Airline e outras operadoras estrangeiras também avaliam os riscos logísticos. Algumas já adotaram medidas preventivas como flexibilização de remarcações, isenção de taxas e reorganização de voos. A **ANAC Brasil** está monitorando de perto a situação junto às companhias aéreas e aeroportos.
**Turistas brasileiros: o que fazer agora?**
Se você tem voo programado para a Argentina nos dias próximos à greve, atenção redobrada! Algumas recomendações úteis:
– **Confira o status do seu voo** com antecedência;
– **Evite voos entre os dias 8 e 10 de maio**, se possível;
– **Consulte sua companhia aérea** sobre opções de reembolso ou reacomodação;
– **Verifique sua apólice de seguro viagem**, pois algumas coberturas incluem imprevistos por greves.
**Turismo argentino em risco**
Com o cancelamento de voos e o clima de instabilidade social, o turismo argentino, que depende fortemente de visitantes estrangeiros, especialmente brasileiros, pode sofrer perdas severas. Cidades como **Buenos Aires, Mendoza, Bariloche e Córdoba** devem registrar queda na ocupação hoteleira e no movimento de agências receptivas.
Segundo estimativas do INDEC, o turismo responde por **cerca de 10% do PIB argentino**. Com a inflação ainda alta e o dólar paralelo em disparada, a greve agrava um cenário já preocupante para o setor de serviços.
**Impacto no transporte terrestre e rodoviário**
Não são apenas os voos que sofrerão impacto. Rodoviárias e linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais também terão serviços interrompidos. Isso pode causar efeitos em cascata em deslocamentos regionais, inclusive em áreas turísticas.
**Reações políticas e sociais**
Javier Milei, eleito com uma agenda de reformas ultraliberais, tem enfrentado forte resistência dos sindicatos e da sociedade civil. Especialistas acreditam que essa será apenas a primeira de muitas greves em 2025, o que eleva a incerteza institucional.
Enquanto parte da população apoia as medidas de contenção de gastos, outra parcela denuncia retrocessos sociais e perda de direitos. A polarização se reflete nas ruas e nos terminais de transporte, onde crescem os protestos e a insatisfação.
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### **FAQ – Perguntas Frequentes**
**Quais companhias cancelaram voos para a Argentina?**
Aerolíneas Argentinas já confirmou cancelamentos em massa. LATAM, Gol e outras monitoram a situação.
**Posso remarcar meu voo sem pagar multa?**
Sim, a maioria das companhias está flexibilizando remarcações ou oferecendo reembolso integral.
**O transporte rodoviário também será afetado?**
Sim. Empresas de ônibus também devem parar, impactando o turismo interno e conexões entre cidades.
**Quais cidades brasileiras são mais afetadas?**
São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, por concentrarem os principais voos para Buenos Aires e outras cidades argentinas.
**A greve pode ser prorrogada?**
Não está descartado. Caso o governo não ceda, novas mobilizações podem ocorrer ainda em maio.
**Há risco para turistas?**
Não há riscos diretos à segurança física, mas atrasos, transtornos e desorganização são esperados.
Se você tem viagem marcada, prepare-se, informe-se com antecedência e, se possível, adie a ida. O turismo é um dos setores que mais sofre em momentos de crise, e a experiência pode ser bastante comprometida.